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sexta-feira, 5 de abril de 2013

O DEUS DA FÉ

O Deus da fé


Ó Tu que não tens nome
e és impalpável como uma sombra
e sólido como uma rocha!
Nunca serás experimentalmente captado
nem intelectualmente dominado,
porque és o Deus da Fé.

Não és uma coisa misteriosa mas o Mistério.
Aquele que não pode ser entendido analiticamente;
Aquele que não será reduzido
a abstracções, nem categorias;
 Aquele a Quem os raciocínios nunca alcançarão;
Aquele que é para ser acolhido,
assumido e vivido;
Aquele a Quem se "entende" de joelhos,
na fé, entregando-se. És o Deus da Fé.

Só na noite profunda da fé,
quando a mente e a voz se calam,
no silêncio total e na presença total,
dobrados os joelhos e aberto o coração,
só então aparece a certeza da fé,
a noite transforma-se em meio-dia
e começa-se a entender o Ininteligível.
Entretanto vamos vislumbrando a Tua figura entre
penumbras, pegadas, vestígios,
analogias e comparações.
Mas, cara a cara, não é possível olhar-Te.
És o Deus da Fé.

Meu Deus, se eu sou um eco da Tua voz, como é
que o eco continua a soar enquanto a voz
permanece em silêncio?
Aclamo-Te e reclamo-Te,
afirmo-Te e confirmo-Te,
aspiro por Ti e desejo-Te.
Onde estás, Senhor?
Ó Tu, que não tens nome, nem figura,
na escuridão da noite dobro os meus joelhos,
entrego-me a Ti, creio em Ti.
Ámen.

Até breve

CM

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