LAVO AS MÃOS SENHOR!
Pilatos, vendo que
nada conseguia e que o tumulto aumentava cada vez mais, mandou vir água e lavou
as mãos na presença da multidão, dizendo: «Estou inocente deste sangue. Isso é
convosco.» Mt 27, 24
Senhor,
impressiona-nos tanto este “lavar de
mãos” de Pilatos na tua presença!
E no entanto, Senhor, tantas vezes eu
lavo as minhas mãos quando contigo me encontro!
Quando Te encontro nos pobres na rua
e passo adiante:
Lavo as mãos da indigência dos
indigentes!
Quando Te encontro nos sós que não
têm ninguém e não lhes sorrio:
Lavo as mãos da solidão dos
abandonados!
Quando Te encontro nos necessitados
de carinho e não os abraço:
Lavo as mãos da falta de amor aos
desamados!
Quando Te encontro nos injustiçados e
não os defendo:
Lavo as mãos da injustiça dos
inocentes condenados!
Quando Te encontro nos não nascidos e
nada faço para mudar as leis iníquas:
Lavo as mãos da morte dos abortados!
Quando Te encontro nos mais fracos e
não luto por eles:
Lavo as mãos da fraqueza dos
indefesos!
Quando Te encontro em cada irmão e
irmã e não os amo como Tu me amas:
Lavo as mãos do amor que Tu me dás!
Quando Te encontro em cada um que Te
procura e não dou testemunho de Ti:
Lavo as mãos da missão que Tu nos
deste de chamar os que andam perdidos!
Quando Te encontro nos que Te atacam
e Te querem expulsar da humanidade, e nada faço, nada digo, nada testemunho do
teu amor:
Lavo as mãos de ser teu discípulo e
entrego-Te para seres crucificado!
Tenho as mãos gastas, Senhor, de
tanto as lavar e as ter cada vez mais sujas, com as minhas fraquezas, com as
minhas tibiezas, com o meu pecado.
Tem compaixão, Senhor, e dá-me da
água do teu lado, pois só nela devo lavar as minhas mãos, todo o meu ser e
purificar o meu coração para Ti.
Até breve
CM
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