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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

AMOR EM PÓ

Amor em pó. 

"Memento, homo, quia pulvis et in pulverem revertis"
( Lembra-te, homem que és pó e ao pó voltarás). 


Nunca deveríamos esquecer esta realidade, sobretudo nos momentos da nossa vida em que achamos que podemos tudo, ao ponto de iludirmos a nossa fraqueza, com momentos de total falta de amor e caridade. Mas quem sou eu? Nunca procure essa resposta no espelho que apenas diz quem é a mais bela do reino, numa pura mentira que engana o cérebro, mas nunca o coração. É verdade sou pó.
O pó é uma substancia que aparece. Nunca sabemos muito bem de onde. Limpamos, mas volta. Trata-se de algo que irrita. Ninguém pretenda plantar seja o que for, num vaso com apenas pó. Pobre semente, nunca passará de uma semente. Pois o pó é frio. Trata-se de algo com uma natural ausência de calor. Isto recorda-nos sempre uma lei. Com o tempo o corpo vai se esfriando, e sem calor não é possível manter nada vivo. 
Olhando para Deus, amando Aquele que dá sentido àquilo que sou, descubro que mesmo perdendo calor, serei sempre luz. Pois por mais pequena que seja, serei sempre uma diferença na escuridão. Um ponto que dá sentido á própria ausência de calor ou luz. Mesmo que me transforme em pó, serei sempre lembrado, por Aquele que escreveu o meu nome na palma da sua mão. Na memória do seu coração. Quero ser amor em pó. Mesmo que os ventos da idade, da doença, da solidão venham, e soprem. Nada temo porque não serei um pó que se agarra na garganta, que entra nos olhos, que ofusca a luz, mas que se espalha, sussurrando, Santo, Santo, Santo, O Senhor da vida, que até do pó retira vida. Enfim sou pó. É verdade. No entanto Senhor faz de mim amor em pó.

Até breve.

CM

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